Um relato das discussões públicas sobre os serviços de transporte por aplicativo
Por Vitor Soares, colunista do JORNAL DOIS
No poder público bauruense, especialmente no legislativo, quase tudo se resolve entre secretários, presidentes de autarquia e vereadores. O povo quase nunca está incluso.
O pega-pra-capá entre taxistas e motoristas de Uber é das raras exceções. Dia 26, por exemplo, as categorias estavam em polvorosa numa audiência pública que deixou o presidente da Emdurb, Elizeu Eclair, de orelhas quentes.
É um privilégio, inegável, o dos que podem estar presentes nessas discussões. Para os que não podem, por outro lado, tudo acontece à boca pequena.
Fatos como os da Lei Orçamentária, que encolheu a cultura e os esportes para 2019, são pouco escoados. Do possível aumento do IPTU, por conta do fim da lei de desconto que vigora em 2018, ninguém fica sabendo. E a mudança na Contribuição de Iluminação Pública, também para o próximo ano, é tema distante da população.
Que bagunça, né? Mas eu não diria que Bauru é terra de ninguém — isso não! Na verdade, é terra de donos bem definidos e bem escondidos.