Trailer Literário: Antônio Pedroso registra memórias de militantes políticos perseguidos em Bauru

Em seu livro “Subversivos Anônimos”, o também militante narra histórias inéditas da luta de trabalhadores na cidade

Publicado em 26 de junho de 2021

Da redação 

Muito se fala sobre o conservadorismo das cidades do interior de São Paulo. Mas essa pode ser uma meia-verdade. Pelas terras bauruenses também passaram figuras importantes do movimento de trabalhadores, anarquistas, comunistas e socialistas e militantes de movimentos populares.

Parte desse histórico foi resgatada pelo historiador bauruense Antônio Pedroso Júnior, em seu livro “Subversivos Anônimos”, uma coletânea de relatos de vidas e lutas de trabalhadores e militantes punidos por regimes ditatoriais brasileiros e governos de exceção.

O leitor encontrará histórias de ferroviários, operários, políticos, advogados, camponeses, greves, repressões e conquistas que ajudaram a formatar a cidade de Bauru, e que legaram ao presente um passado de resistência e combatividade.

“É uma história que não pode cair no esquecimento jamais”, disse Pedroso. “Se a gente for ver conquistas que hoje estão sendo jogadas na lata de lixo da história, com a reforma trabalhista, reforma da Previdência, nós vemos a importância da luta desses companheiros que ousaram lutar e ousaram tentar vencer”.

O projeto “Histórias e lutas bauruenses nos livros de Antônio Pedroso Júnior” foi realizado com recursos da Lei Federal n.º 14.017/2020 – Lei Aldir Blanc, por meio do Edital Ações de Difusão Cultural de Bauru – Lei Aldir Blanc.

COM GRANDE PESAR, O JORNAL DOIS COMUNICA A MORTE DO HISTORIADOR E ESCRITOR BAURUENSE ANTÔNIO PEDROSO JÚNIOR.

Pedroso foi encontrado morto nesta segunda-feira (28), em seu apartamento, vítima de uma parada cardiorrespiratória. O velório aconteceu na sala Star Reunidas, na rua Monsenhor Claro, 3-8, a partir das 17h. 

Militante das causas populares, Pedroso é autor de diversos livros sobre a história da classe trabalhadora, e vítimas da Ditadura Militar, greves, operários e outros tantos relatos de luta e resistência em Bauru e no interior de São Paulo. Pedroso foi responsável por lançar, em 1979, um dos registros pioneiros de perseguições ditatoriais: “Subsídios para a História da Repressão em Bauru”.

Dono de uma memória prodigiosa, era assíduo frequentador de rodas de conversa nos bares da cidade, sempre cercado de companheiros e amigos.

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