Psol de Bauru organiza vigília pela apuração das mortes de Marielle Franco e Anderson Gomes

Crime completa um ano na quinta-feira, 14. Dois suspeitos de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram presos na madrugada desta terça, 12. Mandantes dos assassinatos permanecem impunes

Reportagem publicada em 12 de março de 2019

Vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco se destacava por denunciar violações de direitos humanos, em especial contra jovens negros, mulheres e pessoas LGBT, além de abusos cometidos por policiais em serviço e execuções extrajudiciais (Foto: Reprodução Renan Olaz/ Câmara Municipal do Rio)
Roque Ferreira, Presidente do Diretório Psol/Bauru, divulgação para o JORNAL DOIS

Nesta quinta-feira, 14 de março, às 17 horas, o PSol Bauru realizará uma “vigília” em frente à Câmara Municipal para exigir que os órgãos de segurança informem quem matou e quem mandou matar a vrereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes.

A Câmara Municipal fica na Praça Dom Pedro II, 1–50, na quadra 4 da av. Rodrigues Alves, centro de Bauru.

A participação é aberta a entidades sindicais, movimentos sociais e organizações políticas que não se rendem e combatem diariamente na luta de classes e no movimento social vivo, contra a violência e a opressão da classe dominante e seu Estado.

O caso

Há um ano Marielle Franco, então vereadora do PSOL na cidade do Rio de Janeiro, e Anderson Pedro Gomes foram assassinado brutalmente. Uma execução realizada por profissionais.

Mais de dez disparos atingiram o veículo, exatamente na direção em que Marielle se encontrava. Quatro destes disparos atingiram sua cabeça. Anderson Pedro Gomes, de 39 anos, dirigia o carro e se encontrava no ângulo dos disparos. Ele também foi atingido por pelo menos três tiros nas costas e não resistiu aos ferimentos. Marielle e Anderson morreram no local.

Na madrugada desta terça-feira, 12, a força-tarefa que investiga o caso prendeu dois suspeitos de serem os autores dos assassinatos. O policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz foram presos por policiais da Divisão de Homicídios e promotores do Ministério Público do Rio de Janeiro.

Os mandantes do crime permanecem impunes.

Marielle era uma notável defensora de direitos humanos no Rio de Janeiro, e muito conhecida por sua incansável atuação na cidade e região metropolitana. Já desde muito antes de ser eleita vereadora, se destacava por denunciar violações de direitos humanos, em especial contra jovens negros, mulheres e pessoas LGBT, além de abusos cometidos por policiais em serviço e execuções extrajudiciais.

Os órgãos de segurança sabem quem mandou executar Marielle e Anderson, e as investigações realizadas até agora apontam para o envolvimento de membros de instituições de segurança em conluio com milicianos.

Estamos vivendo um contexto de violência recorrente contra defensores de direitos humanos , militantes dos movimentos populares e sindical no Brasil. O padrão de resposta das autoridades tem sido de não investigação e impunidade de crimes cometidos contra defensoras e defensores de direitos humanos. Nós temos o poder de fazer pressão para que este crime não fique impune.

Serviço

Vigília Justiça por Marielle!
Quinta-feira, 14 de março, às 17h
Câmara Municipal de Bauru, Praça Dom Pedro II, 1–50, quadra 4 da av. Rodrigues Alves, centro 
Gratuito