Outra ameaça é a tramitação do PL 490, que já foi aprovado na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados, e está pronto para ser votado no plenário da Casa. O texto propõe a adoção do marco temporal para a demarcação de terras indígenas.
Para Anildo Lulu, coordenador da Articulação dos Povos Indígenas (ARPIN) do Sudeste, o PL representa uma quebra da Constituição. A expectativa, diz ele ao J2, “é poder contar com um julgamento justo e que reconheça a importância da demarcação”.
Nesta segunda-feira (23), segundo dia de mobilização do acampamento, as atividades são dedicadas para atualizações políticas junto às lideranças indígenas de todo país. “Os Cinco Poderes” é o nome da plenária que será realizada para promover uma análise de conjuntura sobre os poderes Legislativo, Executivo, Judiciário e os poderes popular e espiritual.
As pessoas acampadas serão testadas diariamente para covid-19, com testes rápidos de detecção de antígeno da sars-cov-2, doados pelo fabricante Instituto de Biologia Molecular (IBMP). Uma parceria com Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Fundação Oswaldo Cruz de Brasília e Rio de Janeiro (Fiocruz), Ambulatório Indígena da Universidade de Brasília (UnB) e Hospital Universitário de Brasília (Hub).