Mais de mil velas acesas pelas vítimas da covid-19 no Parque Vitória Régia 

Ato aconteceu na noite de sexta-feira (25); até o momento, 1.036 pessoas perderam suas vidas para a doença em Bauru

Publicado em 26 de junho de 2021

Na segunda-feira, 21 de julho, Bauru alcançou a marca de mais de mil mortes por covid-19 (Foto por Carlos Decourt)
Por Camila Araujo
“Precisamos juntar forças para cobrar que nenhuma mais vida se perca”, afirmou Marcos Chagas, diretor da Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo (Apeoesp), em meio ao ato em homenagem às mais de mil vítimas da covid-19, que ocorreu nesta sexta-feira (25) às 18h no anfiteatro do Parque Vitória Régia. De forma simbólica, mais de mil velas foram acesas nas escadarias do anfiteatro.
 
“Temos uma prefeita que banaliza mortes e tudo está funcionando como uma situação normal”, declarou o sindicalista.
 
A intervenção foi realizada pelo Apeoesp e pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sinserm), e contou com o apoio do movimento HC Não Pode Morrer e do Coletivo Ação Libertária.
 
Outros partidos e movimentos sociais também estiveram presentes. Cerca de 30 pessoas se reuniram no local a partir das 16h30 para montar a estrutura do ato. Com um microfone disponível para intervenções orais, foi consenso entre as e os manifestantes: “não são apenas números”. Veja no vídeo: 
 

“Bolsonaro deixou claro o que quer fazer com nós, pretos, mulheres e trabalhadores, a gente só serve para alimentar a riqueza deles”, protestou Tetê Oliveira, ex-candidata à vereança pelo PSOL.
 
Guilherme Magal, professor de cursinho popular, compartilhou na ocasião que perdeu a pessoa que o ensinou a ser professor, Tamiris Albuquerque do Padro, de 34 anos. Ela não foi uma das vítimas de Bauru, morreu por covid-19 em São Paulo, contou Guilherme ao J2.
 
Thais Nogueira, estudante de Medicina da Universidade de São Paulo e integrante do Movimento HC Não Pode Morrer, declarou que “suas vítimas” estão em Goiás: “os meus não estão aqui nessas velas hoje, os meus estão morrendo muito longe”. Para a estudante, “saúde não é um hospital aberto para que as pessoas morram doentes”, e sim ter a certeza de que “a gente não vai adoecer”.
 
Tauan Matheus, professor da rede estadual e membro do coletivo Chão de Giz, fez um chamado pelas pessoas que morreram, e que em vida “se destacaram pela generosidade de dedicar a vida pelos trabalhadores”: “Roque presente, Aline presente, Mário presente, Siriano presente, agora e sempre”.
 
Em manifesto, a frase que guiou o ato: "Não são só números" (Foto por Carlos Decourt)
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