Indígenas acampados em Brasília marcham até a Esplanada dos Ministérios contra marco temporal

No ato, foi realizada queima simbólica de caixão, além de danças, rezas e cânticos

Publicado em 28 de agosto de 2021

Por Victória Ribeiro
Indígenas que compõem o Acampamento Luta Pela Vida, em Brasília, marcharam até a Esplanada dos Ministérios na manhã desta sexta-feira (25) para protestar contra o marco temporal, tese que limita o direito à demarcação de terras indígenas.
 
Além de danças, rezas e cânticos, o ato desta sexta foi marcado pela queima simbólica de um caixão de 10 metros, feito de isopor, com os dizeres “condenação ao genocida”, “não ao marco temporal”, “fora grileiros”, “fora garimpo”, e menções a projetos considerados como um retrocesso à causa indígena, como o PL 490, que tramita no Congresso Nacional e propõe a tese do marco temporal.
Desde julho, povos originários de toda parte do Brasil aguardam uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre uma ação de reintegração de posse de terras do povo Xokleng, em Santa Catarina, e que pode definir o futuro da demarcação de terras indígenas em todo o território brasileiro. O julgamento, que era ter sido realizado na quarta-feira (25), foi adiado pela quarta vez em dois meses, e agora a previsão é de que seja votado em 1° de setembro.
 
O Acampamento Luta Pela Vida, montado no dia 22 de agosto, segue até este sábado (28). Com o adiamento do julgamento no STF, alguns dos acampados decidiram continuar em Brasília para aguardar a decisão do judiciário.

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A convite da Terra Indígena de Araribá, o Jornal Dois acompanha a delegação dos povos indígenas da região de Bauru em Brasília. O transporte foi custeado pelo Sindicato dos Servidores Públicos, Sindicato dos Bancários e a Apeoesp.

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