Ex-candidatos discutem eleições e cenários para Bauru

Organizado pelo Bar do Genaro, evento reuniu nomes do PT, PDT, Solidariedade e PROS para conversar sobre a campanha eleitoral deste ano e perspectivas da política bauruense para 2021

Publicado em 3 de dezembro de 2020

Ex- candidatos a prefeito de Bauru Sérgio Alba (Solidariedade), Kim (PROS), Jorge Moura (PT) e Gerson Pinheiro (PDT) (Foto: Lucas Mendes/Jornal Dois)
Por Lucas Mendes

Candidatos a prefeito de Bauru nas eleições 2020 estiveram presentes em evento organizado pelo Bar do Genaro ontem, 2, para discutir o período eleitoral e falar sobre a continuidade de seus projetos políticos para o ano que vem.

O encontro recebeu Gerson Pinheiro, que foi candidato pelo PDT, Jorge Moura (PT), Joaquim “Kim” Oliveira (PROS) e Sérgio Alba (Solidariedade).

“Convidei quem já frequentava o bar”, diz Fabrício Genaro, dono do estabelecimento e organizador da atividade. “A ideia era uma conversa informal para fazer essa análise do campo político de Bauru”.

A conversa ocorreu seguindo os cuidados para se evitar a propagação do coronavírus, com mesas separadas, higienização do microfone e distribuição de álcool em gel. Cerca de 10 pessoas acompanharam o bate-papo. 

Genaro promete seguir com a proposta do evento reunindo, periodicamente, agentes políticos e militantes para discutir a nova gestão municipal.

Ainda que representando siglas diferentes, os ex-candidatos apontaram para uma união do “campo progressista” em Bauru. Em suas falas, chegaram a defender, inclusive, a articulação das “pessoas de bem contra o avanço da extrema direita”. 

O Jornal Dois esteve presente  por meio da editora e repórter Bibiana Garrido, que foi convidada para apresentar análises e questionamentos aos políticos.

Alba e Kim deixam partido

No início da noite cada candidato teve um tempo de fala no microfone. Sérgio Alba anunciou que deixaria o Solidariedade e a disputa na política institucional. “Não é fácil ser candidato. A política mudou. Sinto uma dificuldade de fazer uma coisa positiva e tem 200 pessoas negativas”, comentou ele ao público presente. 

Sérgio já trabalhou em diversos setores públicos da cidade, foi assessor técnico de planejamento na Emdurb, chefe de Gabinete na Câmara Municipal e diretor de departamentos da prefeitura. Recebeu 614 votos (0,38%) no primeiro turno das Eleições 2020.

Eleitor de Suéllen Rosim (Patriota) no segundo turno, Sérgio foi o único ex-candidato a declarar seu voto durante o evento.

Kim, do PROS, também falou sobre deixar a sigla. “Nunca tive a ambição de ser nenhuma liderança, aceitei a candidatura por uma questão de ética e por consideração ao Izzo. Nosso projeto era fazer Bauru crescer”, declarou.

O empresário teve 727 votos (0,46%) no primeiro turno.

“Campanha estranha”

Do PDT, Gerson Pinheiro avaliou que o pleito de 2020 teve uma “campanha estranha e a grande maioria decidiu o voto no último dia”. Colocando-se como candidato do campo progressista, ele pontuou dificuldades “porque vivemos um tempo de fundamentalismo religioso e de extrema direita”. 

Gerson declarou ainda que sua proposta visava colocar “a cidade nos trilhos, com uma gestão firme para trazer a pujança de volta a Bauru”. 

Sobre os boatos de que estaria sendo sondado para a Secretaria de Obras no governo Suéllen Rosim (Patriotas), o político respondeu que não foi contatado sobre o assunto até o momento, “nem pela prefeita, nem por ninguém”.

Articulação

Jorge Moura, do PT, aproveitou o microfone para reforçar que a candidatura “cumpriu um papel importante na cidade”. E complementou: “Agradeço ao PT a oportunidade de disputar essa campanha”. 

O advogado levantou a “necessidade de dar um chacoalhão nas direções dos partidos” e buscar uma articulação progressista em Bauru. “Nós precisamos fortalecer um campo programático da esquerda na disputa eleitoral como mais um espaço de luta. E precisamos atualizar nosso debate para que a população nos ouça”. 

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