Em que pé estão as obras do PAC, quais são os bairros que ainda possuem ruas de terra e como funciona o serviço de tapa-buraco


Por Maria Esther Castedo

Navegue pelo nosso dossiê (Arte: Maria Esther Castedo/JORNAL DOIS)

Os dados são imprecisos quando o assunto é saber quais ruas estão asfaltadas na cidade. Antes, a Prefeitura de Bauru costumava divulgar no seu site um mapa com essa informação, mas a prática acabou gerando controvérsias. “Tinha a informação que tal rua tava pavimentada, aí as pessoas reclamavam que não estava. Isso acontecia porque quando havia um projeto de pavimentação, já colocavam no sistema do mapa como asfaltada. Então, pedi pra que tirassem essa informação”, explica Ricardo Olivatto, secretário de Obras.

A Secretaria de Obras estima que Bauru possui 7.000 km de ruas asfaltadas e 1.700 km de ruas de terra: quase 12% do município está sem asfalto. Em 2016, as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Asfalto iniciaram o trabalho para sanar uma parte desse problema.

Obras pontuais

Desde a gestão do prefeito Rodrigo Agostinho (PMDB), o PAC está em andamento nas quatro regiões da cidade. Ainda assim, é possível notar no mapa acima que a zona norte é a que tem mais bairros com ruas sem asfalto. Nessa parte da cidade alguns bairros serão contemplados pelo PAC, o chamado Lote 3.

Ao todo, serão 704 quadras pavimentadas e um investimento de R$ 43 milhões do Governo Federal, por meio do Ministério das Cidades. A prefeitura irá investir, em contrapartida, R$ 15 milhões. Além do pavimento, o projeto também inclui galerias pluviais, sarjetas e guias.

Um dos ponto-chaves são as galerias pluviais, responsáveis por drenar a água da chuva. O PAC prevê a instalação de 26 km de galerias pluviais. “Sem as galerias, a água escoa pelo asfalto e com os veículos, o que ocasiona mais buracos”, aponta o secretário de obras.

Antes de 1979, os empreendedores não tinham obrigação de investir nos loteamento bauruenses com galerias, coleta de esgoto, abastecimento de água potável, guias e sarjetas. É o que explica um diagnóstico feito pra própria Secretaria de Obras. “A solução era ter implementado na hora do asfalto”, afirma Ricardo.

Avanço do PAC

Neste começo de ano, as obras chegaram a 56% do trabalho de conclusão. Em alguns lotes, ocorreram atrasos devido às desistências das empresas que ganharam a licitação. É o caso dos lotes 2, 3A, 3B, 3D.

A obra mais atrasada é do 3B, que engloba o Parque Jaraguá e Parque Santa Edwirges — são ao todo 177 quadras. A empresa H. Aidar, ganhadora da licitação, desistiu das obras e a segunda e terceira empresas colocadas, não quiseram seguir seguir com o projeto. A prefeitura teve que abrir um nova licitação, o que atrasou em quase um ano o planejamento. Quem toca as obras agora é a Penascal.

“[A escolha dos bairros] eles procuraram pelas regiões de alta densidade demográfica e aí escolheram as ruas que seriam pavimentadas”, explica o secretário Ricardo. Sobre as quadras que vão continuar sem asfalto, ele disse que seria necessário um novo investimento do Governo. “Também pode ser de recursos próprios do município, mas a gente sabe que quando usa do município é feito a vista, você já compra os materiais que vai precisar. E vai depender de possíveis sobras dentro do município o que a gente sabe que não tá sendo muito possível.”

Para saber sobre a operação tapa-buracos, suba o texto e navegue pela apresentação que o J2 preparou.