Na ocasião, Roberval Placce, coordenador do STEFBUMS, leu uma moção em homenagem a Roque, aprovada em congresso interestadual de ferroviários. Clodoaldo Cardoso, ex-presidente do Conselho Municipal de Direitos Humanos, ressaltou que Roque representava a identidade ferroviária bauruense e que essa questão, da ferrovia e dos trabalhadores da ferrovia, está se perdendo, assim como a identidade bauruense, lamentou o ex-conselheiro.
Junto de Clodoaldo, Roque participou da elaboração do Plano Municipal de Direitos Humanos, da Comissão da Verdade de Bauru, e integrou o Conselho de Direitos Humanos, além do Conselho Municipal da Comunidade Negra.
Em sua fala, Silvio Durante, professor e militante do PSOL, mostrou uma foto junto de Roque à frente do Gabinete Móvel do Mandato Operário do homenageado. Ele também lembrou que o ferroviário construiu ao seu lado o PSOL, agremiação que Roque presidiu por dois mandatos. Leandro Siqueira, professor universitário e militante do PCB, também homenageou Roque Ferreira, com quem construiu a vertente política Esquerda Marxista.
Greice Kelly, representante do Conselho da Comunidade Negra, também esteve presente, e chamou Roque, como o fazia em vida, de “mestre”. Tatiana Calmon, ex-companheira do ferroviário, lembrou que o marido “colocava tijolos no mundo” e tinha compromisso com a construção da luta da classe trabalhadora. Ela afirmou que o companheiro era acima de tudo um comunista e pediu que, por ele, “sejamos fagulhas”.
“Roque presente, hoje, sempre e para sempre”, concluiu Tatiana. A cerimônia foi encerrada ao som do hino A Internacional Comunista, momento em que as e os presentes levantaram o punho para o alto e assim permaneceram até o final da música.