Com 3h de duração, o ato iniciado às 17h, reuniu cerca de 80 manifestantes em protesto ao Projeto de Lei apresentado à Câmara Municipal pelo vereador Eduardo Borgo (PSL), que tem como objetivo conceder ao presidente Jair Bolsonaro o título de cidadão bauruense. O PL estava previsto para entrar em votação no dia 12, o que levou os organizadores a realizarem o ato nesta data – ao contrário dos outros protestos que têm sido realizados de acordo com o calendário nacional de manifestações, que prevê atos por todo o país nesta terça-feira (13),
Suéllen Rosim (Patriotas) também foi alvo de críticas, em especial em relação à falta de políticas públicas direcionadas ao enfrentamento da pandemia em Bauru.
Além de diálogos com a população bauruense que transitava na Av. Rodrigues Alves ao final do dia, o ato também contou com a lavagem do pátio da entrada da Câmara, em homenagem às mais de mil mortes pela Covid-19 na cidade. O microfone permaneceu aberto às falas dos manifestantes durante todo o ato. Os povos das aldeias Kopenoti, Ekeruá, Nimuendaju, Tereguá, que compõem a Terra Indígena de Araribá estiveram presentes, reivindicando o fim da PL 490 e a Demarcação Indígena Já. O ato se encerrou por volta das 20h.
Marcos Chagas, professor da rede pública e coordenador do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) em Bauru, avalia que a população local se mostrou receptiva com a ação em frente à Câmara: “A maioria das pessoas não sabiam da infame proposta e ao saberem, se mostraram contrariadas com a proposta do vereador.”