Entregadores do iFood se reúnem para discutir paralisação da categoria

Cerca de 40 trabalhadores estiveram presentes; reivindicação principal é por maiores taxas

Publicado em 16 de outubro de 2021

Por Joyce Rodrigues
Cerca de 40 entregadores do iFood se reuniram na manhã desta sexta-feira, 15 de outubro, no Parque Vitória Régia, para organizar a paralisação da categoria. A proposta é que a paralisação se estenda no fim de semana, até domingo (17). As demandas dos trabalhadores são por maiores taxas mínimas de entrega, implementação de um valor dinâmico, que pode aumentar as taxas em momento de alta demanda de pedidos no aplicativo, e pagamento integral das taxas de múltiplas entregas por aplicativos. No modelo atual, quando um motorista faz duas entregas de produtos simultaneamente, o profissional só recebe o valor de uma corrida.
 
A concentração teve início às 9h. Após falas das lideranças, seguiram em carreata por toda a extensão da Avenida Getúlio Vargas e se concentraram novamente no Bauru Shopping. Além dos 40 entregadores presentes na manifestação desta manhã, a categoria estima que cerca de 110 motoqueiros aderiram a paralisação na cidade, mantendo os aplicativos desligados.
O ato em Bauru compõe uma mobilização estadual que teve início neste segundo semestre de 2021, quando trabalhadores de aplicativos das cidades de São José dos Campos e Jundiaí entraram em greve por uma semana, de 8 a 14 de outubro. Nesta segunda fase, a ação se espalha por outras cidades do interior de São Paulo, e em outros estados do país como Paulínia (SP), Niterói (RJ) e São Gonçalo (RJ).
 
A principal reivindicação dos entregadores se refere à plataforma do iFood, mas também engloba outras empresas de entrega como 99food, Rappi e Topbox. Em Bauru, o iFood é um dos alvos principais das manifestações devido ao valor da taxa mínima paga aos motoristas – cerca de R$ 5,31. De acordo com os entregadores, o valor é “vergonhoso” comparado ao de cidades como São Paulo e Belo Horizonte, que podem chegar a R$ 8.
 
Na cidade, a categoria se organiza por meio de assembleias, atos e paralisações desde o início de 2020, movimento que tem sido acompanhado pela equipe do Jornal Dois.
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