Em 2º ato contra Bolsonaro, cerca de 900 pessoas protestam em Bauru; veja vídeo 

Por vacina, retorno do auxílio emergencial de R$600, e pela saída de Jair Bolsonaro, mais de 400 cidades brasileiras se uniram às manifestações; em Bauru, os manifestantes também chamaram pelo “Fora Suéllen” 

Publicado em 21 de junho de 2021

Por Camila Araujo

“Fora Bolsonaro”, “vida, pão, vacina, educação”, “a prefeita não se importa com ônibus lotado”, “100 mortos na fila das UTIs esse é o trabalho da Bolsuellen”, “500 mil amores perdidos. Quantas mortes faltam para o bozo cair?”, “Arte pe(r)de socorro”, “Bolsuellen oportunista”, “Ser neutro é ser conivente”, “Jovem estudado, terror do bolsonaro”, “Cada escola é uma trincheira, professores antifascistas” são algumas das frases empunhadas por manifestantes no ato #19J que ocorreu neste sábado em Bauru (19).

Sob o mote de “Fora Bolsonaro”, o ato também reivindicou o “Fora Suéllen”, em referência à atual prefeita de Bauru e aliada bolsonarista, Suéllen Rosim (Patriota). Com início foi às 14h na Praça Rui Barbosa, cerca de 900 pessoas estiveram presentes, de acordo com a organização do protesto.

Maria Cecília Marta Campos, professora aposentada de 75 anos, estava entre os manifestantes. Ela conta que no passado militou contra a ditadura militar durante os anos 1970 e que desde então está na luta “por um Brasil mais justo e generoso”. “Se eu estou aqui hoje, é porque, enquanto as pernas aguentarem e houver motivo para a gente estar na luta, eu estou junto com o meu povo”, afirmou a aposentada.

Em um trajeto de mais de 2 km com deslocamento pela avenida Rodrigues Alves o percurso foi acompanhado pelo grupo artístico Batuque das Marias e pelo grupo Artistas Reunidos.

“A gente está aqui hoje para expressar o que está acontecendo em relação a Secretaria de Cultura, pela falta de diálogo e inadimplência”, disse o artista Matheus Guilherme durante a cobertura ao vivo do Jornal Dois. A pasta, encabeçada pela secretária Tatiana Sá, cortou parte do orçamento de 2021 originalmente destinado à categoria para aplicar a verba no combate da pandemia.

Ao chegar na Praça Machado de Mello, que fica ao lado do prédio da antiga Estação Ferroviária, o bloco de manifestantes fez o contorno e retornou pela outra faixa da Rodrigues Alves, em direção ao ponto de partida do ato.

“A gente não pode permitir que essa chacina continue”, declarou Tatiane Nunes, professora da rede estadual e integrante da diretoria do Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo (Apeoesp) de Bauru, em relação aos mais de 500 mil mortos pela covid-19 no Brasil, e quase mil em Bauru. Para ela, o momento atual é um divisor de águas para pressionar a saída do presidente Jair Bolsonaro.

Todo o percurso foi acompanhado pela Comissão de Segurança e Saúde, composta por 15 pessoas uniformizadas com um colete amarelo, responsável por garantir que os protocolos sanitários contra a covid-19 fossem seguidos, com aplicação de álcool 70º nas mãos dos manifestantes e lembretes para manter o distanciamento.

O ato #19J ocorreu em mais de 400 cidades do país e também no exterior. É o segundo ato com repercussão a nível nacional contra o presidente Jair Bolsonaro que ocorre em 2021, o primeiro tendo sido realizado em 29 de maio. Em termos de comparação, na cidade de Bauru, o volume de pessoas presentes cresceu.

Imagens filmadas por Joyce Rodrigues, Yuri Gringo e Paula Palma, em colaboração com o Jornal Dois. Edição de vídeo por Paula Palma.

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